Friday, September 16, 2011

CNC desenvolve novo tratamento para cancro da mama

Novidade terapêutica consegue impedir que tumor invada outros tecidos

2011-09-15

 
João Nuno Moreira, investigadorUma equipa liderada pelo investigador João Nuno Moreira, do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC), desenvolveu “uma nova estratégia para o combate ao cancro da mama”.
O estudo, recentemente publicado online na revista «Breast Cancer Research and Treatment», desenvolve “uma nanopartícula capaz de se associar às células de cancro da mama e às endoteliais dos vasos sanguíneos do tumor”.
Esta “nova possibilidade terapêutica” consegue “impedir que o tumor invada outros tecidos”, explicou João Nuno Moreira, sublinhando que se trata de um meio que “pode ter um impacto muito grande na recorrência da doença”.
“Ao conseguir impedir-se que o tumor invada outras células, reduz-se enormemente" essa possibilidade, segundo afirmou o especialista, que tem “grande expectativa” em relação ao “potencial terapêutico” desta descoberta. No entanto, o investigador sublinhou ainda que “o cancro é uma doença com muitas causas e muito complexa” e esta é apenas uma das “várias frente de ataque” que ela exige. Mas, os resultados agora publicados pela equipa por si liderada “são um avanço muito significativo na terapia do cancro da mama”, acredita João Nuno Moreira.
“Esta é uma nova geração de nanopartículas" que, para além de “um aumento efectivo da eficiência terapêutica” - através da "diminuição da recorrência tumoral” -, também podem actuar ao nível da prevenção dos “efeitos secundários associados à quimioterapia”, salientou o investigador do CNBC e da Faculdade de Farmácia de Coimbra.
Num modelo animal do cancro da mama, “o fármaco (doxorrubicina) contido na nanopartúcula atingiu rapidamente e em elevada dose o tumor”, disse João Nuno Moreira, referindo que os ensaios entretanto já efetuados em tumores depois de extraídos da mama apresentaram igualmente resultados que justificam a “grande expectativa” com que a descoberta está a ser encarada.
Desenvolvido, “desde 2004/05, por uma equipa de nove investigadores”, ligados ao CNBC, às faculdades de Farmácia das universidades de Coimbra e de Lisboa, ao IPO (Instituto Português de Oncologia) de Coimbra e à Faculdade de Medicina de Lisboa, a nova nanopartícula só deverá reunir as condições para iniciar testes em humanos daqui a cerca de três anos, admitiu João Nuno Moreira. A investigação foi inteiramente realizada pelo referido grupo de especialistas, “em laboratórios nacionais”.

Extraído hoje de CiênciaHoje
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Monday, September 12, 2011

Michael S. Hart

From Project Gutenberg, the first producer of free ebooks.

Obituary for Michael Stern Hart

Michael Stern Hart was born in Tacoma, Washington on March 8, 1947. He died on September 6, 2011 in his home in Urbana, Illinois, at the age of 64. His is survived by his mother, Alice, and brother, Bennett. Michael was an Eagle Scout (Urbana Troop 6 and Explorer Post 12), and served in the Army in Korea during the Vietnam era.

Hart was best known for his 1971 invention of electronic books, or eBooks. He founded Project Gutenberg, which is recognized as one of the earliest and longest-lasting online literary projects. He often told this story of how he had the idea for eBooks. He had been granted access to significant computing power at the University of Illinois at Urbana-Champaign. On July 4 1971, after being inspired by a free printed copy of the U.S. Declaration of Independence, he decided to type the text into a computer, and to transmit it to other users on the computer network. From this beginning, the digitization and distribution of literature was to be Hart's life's work, spanning over 40 years.

Hart was an ardent technologist and futurist. A lifetime tinkerer, he acquired hands-on expertise with the technologies of the day: radio, hi-fi stereo, video equipment, and of course computers. He constantly looked into the future, to anticipate technological advances. One of his favorite speculations was that someday, everyone would be able to have their own copy of the Project Gutenberg collection or whatever subset desired. This vision came true, thanks to the advent of large inexpensive computer disk drives, and to the ubiquity of portable mobile devices, such as cell phones.

Hart also predicted the enhancement of automatic translation, which would provide all of the world's literature in over a hundred languages. While this goal has not yet been reached, by the time of his death Project Gutenberg hosted eBooks in 60 different languages, and was frequently highlighted as one of the best Internet-based resources.

A lifetime intellectual, Hart was inspired by his parents, both professors at the University of Illinois, to seek truth and to question authority. One of his favorite recent quotes, credited to George Bernard Shaw, is characteristic of his approach to life:

 "Reasonable people adapt themselves to the world.  Unreasonable
people attempt to adapt the world to themselves. All progress,
therefore, depends on unreasonable people."

Michael prided himself on being unreasonable, and only in the later years of life did he mellow sufficiently to occasionally refrain from debate. Yet, his passion for life, and all the things in it, never abated.

Frugal to a fault, Michael glided through life with many possessions and friends, but very few expenses. He used home remedies rather than seeing doctors. He fixed his own house and car. He built many computers, stereos, and other gear, often from discarded components.

Michael S. Hart left a major mark on the world. The invention of eBooks was not simply a technological innovation or precursor to the modern information environment. A more correct understanding is that eBooks are an efficient and effective way of unlimited free distribution of literature. Access to eBooks can thus provide opportunity for increased literacy. Literacy, and the ideas contained in literature, creates opportunity.

In July 2011, Michael wrote these words, which summarize his goals and his lasting legacy: “One thing about eBooks that most people haven't thought much is that eBooks are the very first thing that we're all able to have as much as we want other than air. Think about that for a moment and you realize we are in the right job." He had this advice for those seeking to make literature available to all people, especially children:

 "Learning is its own reward.  Nothing I can
say is better than that."

Michael is remembered as a dear friend, who sacrificed personal luxury to fight for literacy, and for preservation of public domain rights and resources, towards the greater good.

This obituary is granted to the public domain by its author, Dr. Gregory B. Newby.


Read some of Michael's recent writings


You can find a series of recent writings by Michael online in the Public Library Blog Newsletter

Extraído do site Project Gutemberg

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Tuesday, September 06, 2011

Quer ajudar os filhos com os trabalhos de casa?

Mude de atitude para melhorar a motivação

2011-09-01

Pais com atitude positiva melhoram a motivação da criança

Pais com atitude positiva melhoram a motivação da criança

Investigadores da Universidade Ben-Gurion de Negev (BGU), em Israel, sugerem que os pais que querem melhorar a motivação da criança para fazer os trabalhos de casa têm de mudar a sua própria atitude e comportamento.
No estudo, os cientistas descobriram que se os pais tinham uma atitude mais positiva, de apoio e comunicassem o valor da aprendizagem enquanto motivação, ao invés de se focarem em terminar uma tarefa ou obter a melhor nota, então a atitude e motivação da criança melhorava.

Idit Katz, Avi Kaplan e Tamara Buzukashvily, recomendam aos pais dar algumas escolhas aos filhos, incluindo quando e onde fazer os trabalhos de casa.
“Os pais podem melhorar um senso de competência permitindo que as crianças estruturem as suas próprias tarefas e dando à criança a sensação de que é amada e admirada, independentemente se é bem sucedida em matemática ou línguas”, afirmam.
O estudo também mostra que os pais devem perguntar-se sobre suas próprias motivações, atitudes e competências, antes de tentar ‘mudar’ a criança. Além disso, os programas educativos que tentam mudar a atitude e motivação dos alunos em relação aos trabalhos de casa não devem excluir os pais uma vez que o comportamento destes é essencial.
Para realizar a investigação, foi preenchido um inquérito em duas escolas de ensino primário, com 135 alunos da quarta classe e um dos pais de cada criança. Os estudantes responderam a questionários sobre o nível de motivação para fazer os trabalhos de casa, enquanto os pais responderam a questionários sobre a vontade de ajudar. Isto permitiu examinar percepções do ambiente de casa a partir de duas perspectivas.
Entre a amostra, mais de 60 por cento dos pais relatou estar envolvido nos trabalhos de casa dos filhos uma vez por semana e 35 por cento indicou estar envolvido todos os dias ou mais de uma vez por semana. Apenas quatro por cento disse que nunca está envolvida nos trabalhos de casa do seu filho.

Extraído hoje de Ciência Hoje

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Monday, September 05, 2011

Morreu pintor que imortalizou genocídio dos Khmer Vermelhos no Cambodja

Phnom Penh, 05 set (Lusa) - Vann Nath, o pintor que imortalizou nos seus quadros o horror do genocídio perpetrado pelos Khmer Vermelhos e um dos sete ...

Morreu pintor que imortalizou genocídio dos Khmer Vermelhos no Cambodja
Phnom Penh, 05 set (Lusa) - Vann Nath, o pintor que imortalizou nos seus quadros o horror do genocídio perpetrado pelos Khmer Vermelhos e um dos sete sobreviventes da mais atroz das suas prisões, a S-21, morreu hoje, aos 66 anos.
O artista plástico morreu numa clínica em Phnom Penh, na sequência de um ataque cardíaco sofrido a 26 de agosto, que o deixou em coma profundo de que não voltou a despertar.
Com as suas cores frias e figuras esqueléticas, Vann Nath obtivera o reconhecimento internacional, por representar com grande realismo as torturas e as duras condições de vida no Cambodja durante o regime dos Khmer Vermelhos (1975-79), em que morreram cerca de dois milhões de pessoas.
Os seus grandes quadros, que ainda cobrem as paredes da S-21, a prisão em Phnom Penh onde esteve um ano encarcerado, mostram cenas lúgubres de homens espancados, obscuros interrogatórios e mães que lutam para que não lhes arranquem os filhos dos braços.
Vann Nath nasceu em 1946 numa família pobre da província de Battambang, no norte do Cambodja, e desde jovem estudou desenho e pintura, apesar dos seus escassos recursos.
Após a queda do país nas mãos dos Khmer Vermelhos, teve de abandonar a pintura, porque o novo regime castigava com a morte os artistas e intelectuais, e foi enviado, como todos os seus compatriotas, para trabalhar no campo.
Em 1978, a polícia política deteve-o e encarcerou-o na principal prisão do regime, a S-21, cujo diretor, Kaing Guek Eav, ou Duch, o seu nome revolucionário, se interessou pelo seu talento artístico e o encarregou de pintar um retrato de Pol Pot, o 'irmão' número um do regime.
Duch apreciou o trabalho realizado pelo artista e escreveu uma nota pessoal ao lado do nome de Vann Nath: "Conservar o pintor".
Bou Meng, outro dos sobreviventes da mesma prisão, que também não foi assassinado graças à sua arte, disse: "Prolongavam-nos a vida se lhes agradavam os quadros que pintávamos. Pintar era a nossa única esperança de continuarmos vivos".
Entre 14 mil e 16 mil pessoas passaram pela S-21 e quase todas morreram nos interrogatórios e nas execuções.
Para serem libertados, Vann Nath, Bou Meng e outros cinco sobreviventes da S-21 tiveram de esperar que o exército vietnamita entrasse em Phnom Penh, em janeiro de 1979.
Pouco depois, o centro de detenção foi transformado num museu e Vann Nath pôde usar os seus pincéis para representar de forma fidedigna o que sofrera entre aquelas paredes.
"A experiência de Vann Nath dentro daquela prisão foi tão intensa que marcou toda a sua obra posterior, mesmo trabalhos que não são exclusivamente dedicados ao tema dos Khmer Vermelhos têm um certo simbolismo relacionado", indica o artista Sopheap Pich, que trabalhou com ele nos últimos anos.
As caveiras e as figuras alongadas juntaram-se, assim, a outro tipo de motivos, como paisagens ou cenas de costumes, ao passo que algumas das suas obras se afastavam do realismo para se aproximarem das técnicas simbolistas.
Trinta anos depois de recuperar a liberdade, Vann Nath voltou a ver Duch no tribunal internacional que está a julgar na capital cambojana os principais líderes dos Khmer Vermelhos.
"As condições eram tão desumanas e a comida tão escassa que até pensei que a carne humana seria um bom prato", disse o pintor no banco das testemunhas, em junho de 2009.
"Comíamos ao lado de cadáveres, mas não nos importávamos, porque éramos como animais", acrescentou, com um olhar apagado que evidenciava já que padecia de uma doença renal.
A sentença de 35 anos a que o tribunal condenou Duch, em julho de 2010, deixou no pintor um travo amargo, por ser tão leve.
Os seus últimos alunos, com quem trabalhou na manhã de 26 de agosto, em que teve o ataque cardíaco, recordam-no como um trabalhador incansável que sempre procurava técnicas novas para ensinar os mais jovens.
"Deu-me um conselho que nunca esquecerei: 'Se és um artista de verdade, trabalha até ao último dia da tua vida'", disse Prom Putisal, aluno da Universidade Real de Belas Artes da capital cambojana.
ANC.
Lusa/fim
Extraído de MSN Notícias
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