Sunday, January 29, 2012

Sonda Kepler descobre mais 11 sistemas planetários

Nos sistemas agora encontrados existem pelo menos 26 exoplanetas

2012-01-27
Posições orbitais dos planetas nos sistemas com múltiplos planetas em trânsito [Créditos: NASA Ames/Dan Fabrycky]
Posições orbitais dos planetas nos sistemas com múltiplos planetas em trânsito [Créditos: NASA Ames/Dan Fabrycky]
 
A missão Kepler, da NASA, continua a descobrir exoplanetas a um bom ritmo. A agência espacial norte-americana confirmou a existência de onze novos sistemas planetários dos quais fazem parte, pelo menos, 26 planetas. Estes orbitam relativamente perto das suas estrelas e têm 1,5 vezes o tamanho da Terra chegando alguns a ser maiores que Júpiter.
Observações futuras determinarão quantos deles são rochosos, como o nosso, e quantos possuem densas atmosferas gasosas. As órbitas dos 26 têm entre seis e 143 dias de duração. Todos eles estão mais perto da sua estrela do que Vénus do Sol. 
Cada um dos sistemas confirmados contém entre dois e cinco planetas. Alguns deles estão tão próximos entre si que as suas forças gravitacionais fazem com que acelerem ou retardem as suas órbitas.
Cinco dos sistemas (Kepler-25, Kepler-27, Kepler-30, Kepler-31 e Kepler-33) contêm pares de planetas em que o que se encontra mais próximo da estrela completa duas órbitas à volta da mesma enquanto o outro faz apenas uma.
O que tem mais planetas é o Kepler-33, uma estrela mais velha e massivo do que o Sol, à volta da qual giram cinco planetas, entre 1,5 e cinco vezes o tamanho da Terra. Todos eles estão mais próximos da sua estrela do que Mercúrio do Sol.
2300 candidatos a confirmar
Em apenas dois anos, a missão Kepler já confirmou a existência de 60 planetas num pequeno espaço do céu e dispõe de uma lista de 2300 candidatos. Antes de o projecto começar conheciam-se 500 planetas extra-solares um todo o universo.
Estes resultados confirmam que a nossa galáxia, a Via Láctea, está densamente povoada de planetas de todos os tamanhos e órbitas. A técnica utilizada pela sonda espacial consiste em medir repetidamente as mudanças de luminosidade de mais de 150 mil estrelas para detectar a passagem dos planetas à sua frente.
Quando isto acontece, os instrumentos da sonda são capazes de captar a pequena sombra que o novo planeta projecta sobre outros.
 Extraído de:
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Alunos que chumbam têm auto-estima mais alta do que quem passa com más notas


Há jovens que não conseguem lidar com o insucesso.
 Há jovens que não conseguem lidar com o insucesso.
 
 
Os estudantes que nunca chumbaram, mas durante o ano lectivo tiram más notas, têm habitualmente uma auto-estima mais baixa do que os alunos que já reprovaram, segundo revela um estudo realizado pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA). Francisco Peixoto, docente da instituição, coordenou um trabalho de investigação junto de adolescentes portugueses para tentar perceber o efeito do insucesso escolar nos níveis de auto-estima.


“Quando comparamos alunos que nunca repetiram ano nenhum com alunos que têm pelo menos uma repetência verificamos que têm níveis de auto-estima semelhantes”, contou à Lusa Francisco Peixoto.
Isto porque, perante o insucesso escolar, os estudantes têm tendência a investir noutras áreas do autoconceito para conseguir manter uma imagem positiva de si próprios. “Quando o autoconceito académico é mais baixo, acabam por compensar isso com outras áreas como a das relações sociais, do desporto ou das relações interpessoais com o sexo oposto”, explicou o investigador.

De acordo com a investigação, a redução da auto-estima acontece apenas na primeira vez que reprovam. “O que marca a diferença é terem repetido um ano. Depois, a 2ª ou 3ª repetência é indiferente porque o autoconceito académico já estabilizou e não baixa muito mais”, refere.

Afinal, quem tem a auto-estima mais em baixo são os alunos que nunca chumbaram, mas vivem durante o ano lectivo a possibilidade de tal acontecer. No caso dos estudantes "que durante o ano tiveram duas, três ou quatro negativas e, depois, conseguem passar, pode haver uma tendência para baixar a auto-estima. A aproximação de um eventual insucesso provoca uma diminuição na auto-estima global, por achar que se calhar vai falhar”, disse ainda o professor do ISPA.

Sentimento de pertença

Estes alunos, ao contrário do que acontece com os que reprovam, sentem que pertencem à escola e consideram que a educação é importante. Dão valor às notas e aos resultados. Nos casos em que os jovens não conseguem lidar com o insucesso e mantêm a auto-estima baixa a situação pode tornar-se preocupante. O investigador lembra que a depressão está associada a níveis baixos de auto-estima e que, nestes momentos, a família desempenha um papel importante, porque “pode ter um efeito amortecedor”.

À família cabe a responsabilidade de fazer perceber ao jovem onde estão as causas de insucesso e de o “fazer ver que há outros aspectos na vida que são igualmente importantes”.

“Na adolescência, a escola ocupa grande importância e o facto de estar mal na escola pode ser compensado por outras áreas da vida. Claro que se aprenderem a lidar eficazmente com a situação, acabam por se tornar mais adaptados”, defendeu o investigador, que na quinta-feira vai apresentar o estudo no ISPA, durante a conferência «A construção do autoconceito e da auto-estima na adolescência».
Extraído de:
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Tuesday, January 24, 2012

Rede «Campus do Mar» estende-se a Cabo Verde

Do projecto fazem parte universidades portuguesas e espanholas

2012-01-23

Projecto desenvolve actividades científicas ligadas ao mar
 Projecto desenvolve actividades científicas ligadas ao mar


A Universidade pública cabo-verdiana (Uni-CV) faz parte, desde a semana passada, da rede «Campus de Mar», composta por universidades portuguesas e espanholas. Este projecto visa o desenvolvimento de actividades científicas ligadas ao mar. O Departamento de Engenharia e Ciências do Mar, com sede em São Vicente, coordena o programa em Cabo Verde.

Em entrevista divulgada hoje pela agência cabo-verdiana de notícias INFORPRESS, o reitor da UNI-CV, Paulino Fortes, explicou que numa primeira fase quatro a seis docentes cabo-verdianos vão poder frequentar cursos de doutoramento nas universidades da rede.
“No primeiro ano, o doutoramento vai decorrer nas universidades da rede e os outros três anos vão ser desenvolvidos aqui em Cabo Verde, já que o doutoramento será sobre matéria cabo-verdiana”, explicou. A ideia, segundo salientou o reitor, é produzir conhecimentos sobre as áreas marinhas nesta zona do Atlântico, quer sobre a orla costeira, quer sobre a profundidade da zona atlântica.
“Esses conhecimentos vão ser produzidos através desta rede e com base em Cabo Verde. E a Uni-CV vai poder ter conhecimento de outras universidades para a excelência na área marinha, considerada uma das áreas fundamentais tendo em conta o próprio desenvolvimento do cluster do mar, um dos pilares da agenda de transformação de Cabo Verde”, sublinhou.
Criado em Março do ano passado pela Universidade de Vigo, o «Campus do Mar» aposta no desenvolvimento científico e na internacionalização das ciências do mar. O objectivo passa pela criação de um campus com vários centros especializados, tendo em vista uma cooperação multidisciplinar de forma a criar impacto no tecido socioeconómico da região.
Antes da integração de Cabo Verde, o programa era composto por sete universidades portuguesas e espanholas, entre as quais as Universidades de Vigo, do Porto e de Aveiro, Minho e Trás-os-Montes que pretendem, em 2015, tornar-se num «Campus do Mar» transfronteiriço.
Conta ainda com outros apoios internacionais de universidades e centros de investigação europeus, americanos, africanos e chineses. Dentro das áreas temáticas que procura desenvolver, destacam-se biotecnologia marinha, saúde e mar, tecnologia e energia.

Extraído de: CiênciaHoje 
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