Wednesday, July 11, 2012

Thursday, June 07, 2012


Shakespeare's first theatre discovered in London

The remains of the Curtain theatre, where Shakespeare's 'Henry V' and 'Romeo and Juliet' may have been first performed, have been discovered in East London.

Parts of the Curtain theatre being excavated in Shoreditch, east London, by the Museum of London Archaeology (Mola) as part of regeneration works
Parts of the Curtain theatre being excavated in Shoreditch, east London, by the Museum of London Archaeology (Mola) as part of regeneration works Photo: PA
Remains of the once lost Curtain theatre, which preceded the Globe as the venue which showcased Shakespeare's work, have been found in East London.
It's likely that the theatre was the home to some of the first performances of Romeo and Juliet and Henry V.
The theatre was dismantled in the 17th century and its exact location was lost to historians soon after. Now, the Museum of London Archaeology (MoLA) has found sections of the theatre in Shoreditch, East London.
The MoLA has found the original site on Hewett Street, a few hundred yards from another theatre found by the museum in 2008 called The Theatre. Both this and the Curtain are believed to be the earliest purpose-built theatres in London.
Part of the gravelled yard, where audiences stood and watched the plays, and the foundation walls have been uncovered after 500 years.
Legend goes that the famous actor-manager James Burbage dismantled The Theatre overnight after a dispute with the landlord and set about building the Globe theatre across the river.
Until the Globe was built, Burbage and his troupe used the Curtain theatre to perform in from 1597 for two years. This is the period in which Henry V and Romeo and Juliet were first staged.
The lines from Shakespeare's Henry V 'Can this cock-Pit hold within this Woodden O', may have first been spoken in the Curtain theatre, which was created in a wooden O shape, much like the Globe.
Dominic Dromgoole, artistic director of the Globe theatre, said: "I love the fact that we are excavating London, and slowly clearing away the miserable piles of Victoriana and Empire, and revealing the wild, anarchic and joyous London which is lurking beneath."
The site is owned by Plough Yard Developments, which plan to feature the remains as part of a new office, retail and residential space.
Extraído de The Telegraph
Read More

Monday, June 04, 2012

A ÚLTIMA HORA

A Última Hora (2007) será passado na DCSH-SV, dia 6, às 08:30, sala 1. A sessão foi organizada pelo Núcleo de Investigação em Energias Renováveis (NER) e terá a duração de 95 minutos. A comunidade académica está convidada.


Ver Cartaz Aqui.

Sinopse


Causadas pela própria humanidade, enchentes, furacões e uma série de tragédias assolam o planeta cotidianamente. O documentário mostra como a Terra chegou nesse ponto: de que forma o ecossistema tem sido destruído e, principalmente, o que é possível fazer para reverter este quadro. Entrevistas com mais de 50 renomados cientistas, pensadores e líderes ajudam a esclarecer estas importantes questões e a indicar as alternativas ainda possíveis.



Read More

Sunday, June 03, 2012

Mentes distraídas são capazes de reter mais informação


A equipa de investigação reuniu um grupo de voluntários a quem foi pedido para realizar tarefas simples

2012-05-31
Há pessoas que até se distraem com uma mosca; no entanto, isso não é sinónimo de falta de concentração ou de capacidades. Segundo o estudo publicado recentemente na Psychological Science, pessoas distraídas são mais criativas, porque acumulam mais informação.

Os investigadores Daniel Levinson e Richard Davidson, da Universidade de Wisconsin-Madison, EUA e Jonathan Smallwood, do Instituto Max Planck (Suíça) chegaram à conclusão que existe uma relação entre uma memória mais operacional e a tendência do cérebro em dispersar-se quando realiza tarefas diárias.
Para o estudo, a equipa de investigação reuniu um grupo de voluntários a quem foi pedido que realizasse tarefas simples, como premir um botão ao aparecer determinada letra num ecrã ou ao ritmo de cada inspiração de ar. E mediante as actividades em que se dispersavam mais, os investigadores mediam a memória operacional, através da memorização de séries de letras enquanto resolviam problemas matemáticos. Quem se dispersou mais durante os testes obteve melhores resultados na avaliação de memória. A explicação reside no facto de uma área extra do cérebro ser usada quando fazemos contas, usando dois números, mas não pode escrevê-la. Esta capacidade está ligada a medidores de inteligência, tal como o QI.

Segundo Jonathan Smallwood "os resultados sugerem que as actividades rotineiras, como andar de autocarro ou tomar banho é, provavelmente, são realizadas através da memória operacional". E Daniel Levinson explica que "funciona como se a atenção estivesse tão absorvida por outros pensamentos que não sobrasse espaço para recordar o que pretendiam fazer".

Extraído de Ciência Hoje
Read More

My hero: Homer by Madeline Miller


'From the very first sentence - "Sing, O goddess, the destructive rage of Achilles" - I fell completely in love'
Interior of a kylix depicting Achilles tending the wounded Patrocles, circa 500BC. Photograph: Staatliche Museen, Berlin/The Bridgeman Art Library
I first encountered Homer when I was five years old and my mother would read the Iliad and the Greek myths to me as bedtime stories. From the very first sentence – "Sing, O goddess, the destructive rage of Achilles …" – I fell completely in love. I was enthralled by the larger-than-life gods, the epic adventures and most of all by the noble and deeply flawed heroes.
When I got to high school, I was fortunate enough to have a Latin teacher who offered to teach me ancient Greek. Being able to read Homer's words in the original was a life-changing experience. I had always loved his stories and characters, but in the original I was struck by the beauty of his language. It was so poetic and powerful and expansive. No matter how many times I studied it, I was always surprised and delighted by something new.
I continued to study classics through college, and came to realise that I wanted to participate in the stories not just as a reader but as a teller. I returned to the same characters that had always fascinated me – Achilles and his beloved, Patroclus. And once again Homer inspired and surprised me. His rich and fully imagined world generously gave me the scope for my own.
We still don't know if Homer was one person or many people, whether he was truly the blind bard of legend or someone more prosaic. What we do know is that when these poems were written they were intended not just for an elite audience, but for everyone. Homer's eye is all-encompassing; every facet of human life is welcome. His insight into human nature, into such universal experiences as love, loss and war, remain relevant today. Whoever created these gorgeous poems, I owe them a huge debt of gratitude. Almost 3,000 years later they are as fresh as they ever were.
• The Song of Achilles (Bloomsbury), Madeline Miller's first novel, has been awarded the 2012 Orange prize.
Published by  The Guardian
Read More

Wednesday, May 30, 2012

VGM: Colóquio 50 anos de vida literária

O colóquio dedicado aos 50 anos de Vida Literária de Vasco Graça Moura decorre a 31 de maio, a partir das 10 da manhã, na Universidade Fernando Pessoa (UFP).



13:08 Quarta feira, 30 de Maio de 2012

"É a primeira iniciativa universitária dedicada ao estudo de um autor que, ao longo dos anos, tem marcado a vida social e cultural do nosso país. Vasco Graça Moura tem tido uma influência enorme na Academia e já era tempo de lhe fazermos esta homenagem. Tudo se organizou de forma muito espontânea e dinâmica", diz ao JL, o prof. catedrático Eduardo Paz Barroso, organizador, a par da também prof.ª catedrática Isabel Ponce de Leão, do colóquio 50 anos de Vida Literária de Vasco Graça Moura, que decorre a 31 de maio, a partir das 10 da manhã, na Universidade Fernando Pessoa (UFP), no Porto, entidade que desde logo apoiou e acarinhou este projeto. 

O colóquio - primeira iniciativa de várias a decorrer até 2013, como uma exposição biográfica na Cooperativa Árvore - é organizado pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais e pelo Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias, do polo do Porto.
Depois da sessão de abertura - com Salvado Trigo, reitor da UFP, Inês Gomes, a diretora da FCHS e os dois comissários - decorre, a partir das 10 e 30, a conferência de abertura por Gaspar Martins Pereira, prof. catedrático do departamento de História da Faculdade de Letras, da Universidade do Porto. O investigador falará sobre o Porto no imaginário da obra de Vasco Graça Moura (VGM). A moderação estará a cargo de Rui Estrada. A partir das 11 e 30, Fernando Pinto do Amaral, Isabel Ponce de Leão, Sandra Teixeira e Eunice Ribeiro discorrem sobre a obra do também presidente do conselho de administração do Centro Cultural de Belém. À tarde, a partir das 15, Eduardo Paz Barroso modera uma mesa constituída por João Barrento, Annabela Rita e José Carlos Seabra Pereira. Segue-se debate até às 18, quando José Pacheco Pereira faz a conferência de encerramento sobre a ligação da literatura à política. 
Poeta, ficcionista, dramaturgo, cronista, ensaísta e tradutor VGM publicou o seu primeiro livro de poesia Modo Mudando, em 1963. (Aliás, Isabel Ponce de Leão fará precisamente uma abordagem crítica a este volume). Seguiram-se O Mês de Dezembro e Outros Poemas, A Sombra das Figuras, Sonetos Familiares, Uma Carta no Inverno ou Os Nossos Tristes Assuntos. No romance publicou Quatro Últimas Canções, A Morte de Ninguém, Meu Amor, Era de Noite e Enigma de Zulmira. Entre os vários prémios com que foi distinguido destacam-se o de Tradução Calouste Gulbenkian, o de Poesia Cidade do Porto, o de Poesia do PEN Club, o Pessoa, e o Vergílio Ferreira.
Vasco Graça Moura desempenhou ainda diversas funções no âmbito cultural e político: foi eleito deputado à Constituinte (1975), depois de ter aderido ao Partido Popular Democrático. Foi diretor de programas da RTP, e depois administrador da Imprensa Nacional - Casa da Moeda. Foi comissário-geral português na Expo'92 e da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses. Dirigiu o Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Gulbenkian e foi eleito deputado ao Parlamento Europeu. A sua obra está traduzida em várias línguas e editada em diversos países. Acaba de publicar Os Lusíadas para Gente Nova, uma adaptação de Os Lusíadas que considera, no ano em que assinala cinco décadas de vida literária, uma "homenagem útil" a Camões.

Extraído de JL
Read More

Tuesday, May 29, 2012

Estudante de 16 anos resolve problema matemático com 350 anos


Shouryya Ray encontrou solução para duas teorias da dinâmica das partículas

2012-05-29
Um adolescente de 16 anos conseguiu resolver um enigma matemático proposto por Isaac Newton há mais de 300 anos. Shouryya Ray, estudante de indiano que estuda numa escola secundária em Dresden, Alemanha, supreendeu a comunidade científica, com a resolução da duas teorias dinâmicas de partículas que até agora os físicos só conseguiam calcular de forma aproximada.
Graças às suas equações, poderá calcular-se com exactidão a trajectória de um projéctil afectado pela gravidade e pela resistência do ar (o problema proposto pelo físico inglês) e também prever como vai bater e fazer ricochete numa parede.
Shouryya Ray emigrou de Calcutá há quatro anos sem saber falar alemão. Os seus professores aperceberam-se em pouco tempo de que possuía uma inteligência muito acima do normal e permitiram que saltasse dois ano para o nível adequado às suas capacidades.
O pai de Ray, engenheiro, desafiou o seu filho desde tenra idade a resolver problemas aritméticos . Este 'treino' fez com que, mesmo antes dos 10 anos de idade, fosse capaz de resolver equações complexas.
O jovem descobriu os problemas propostos por Newton durante uma visita de estudo à Universidade de Dresden, onde os professores explicaram que os enigmas era irresolúveis.
Ofereceram dados experimentais com os quais seria possível analisar a trajectória de lançamento de uma bola. Os métodos existentes para a resolução eram aproximações. Ray decidiu, então, “por curiosidade e ingenuidade de estudante”, confessou ao jornal inglês «Sunday Times», procurar uma solução definitiva.“Não podia acreditar que não existia uma solução. Então pensei, porque não tentar?”.

Publicado por Ciência HOje

Read More

“À medida que as horas de trabalho aumentam, o bem-estar das pessoas reduz”

Investigadores da UC sugerem horários mais curtos para determinadas pessoas

2012-05-29
Por Susana Lage
O número de horas de trabalho tem efeitos no bem-estar das pessoas, conclui um estudo realizado por Filipe Coelho e Maria da Conceição Pereira, da Faculdade Economia da Universidade de Coimbra (FEUC).

“À medida que as horas de trabalho aumentam, o bem-estar das pessoas reduz”, afirma Filipe Coelho ao Ciência Hoje. No entanto, esta relação negativa não é igual para todas as pessoas. Ela é, por exemplo, “mais forte para as mulheres”.
Uma explicação possível, de acordo com o investigador, é que as mulheres têm de conciliar o trabalho pago com outro turno de trabalho em casa. E se as horas na empresa aumentam isso significa que as mulheres vão ter mais dificuldades em resolver o seu turno doméstico.

“Isto corresponde a um eufemismo que por ventura estará em desaparecimento mas que ainda terá as suas marcas”, sublinha Filipe Coelho.

Outro resultado que os investigadores encontraram vem juntar a política a esta ‘equação’. “É que as pessoas de esquerda sofrem mais em termos de bem-estar à medida que aumentam as horas de trabalho do que as pessoas de direita”.

Segundo Filipe Coelho isto é explicado porque às ideologias de esquerda e direita estão associadas diferentes formas de ver o mundo, de entender a vida privada das pessoas e o trabalho.

“À direita associamos o individualismo, o capitalismo, o reconhecimento e prémio pelo esforço individual, enquanto à esquerda associamos aspectos como a igualdade, justiça social, o reforço dos direitos dos trabalhadores e não podemos esquecer que foram os sindicatos ligados à ideologia de esquerda que de alguma forma nos trouxeram conquistas como a semana de trabalho de 40 horas”, exemplifica.

O que aqui eventualmente estará a acontecer, conclui o estudo, é que as pessoas que são de esquerda sentem que ao trabalharem mais horas estão a prejudicar a sua vida pessoal para beneficiar os lucros do patrão.


A investigação de Filipe Coelho e Maria da Conceição Pereira baseou-se na informação recolhida junto de 33 mil empregados de ambos os sexos e de várias idades, 1 034 dos quais portugueses, no âmbito de um estudo europeu, financiado em parte pela União Europeia, e conduzido em 24 países.

O trabalho não tem consequências imediatas mas é algo que pode ter efeito nas práticas das empresas. Estas podem, por exemplo, alterar os horários de trabalho de forma a atender às especificidades das pessoas.

"Verificámos que, por exemplo, os idosos, as mulheres, as pessoas que têm crianças em casa, as que têm problemas de saúde, sofrem mais com o aumento do número de horas de trabalho”. Assim, “para as empresas evitarem prejudicar o bem-estar das pessoas poderiam talvez fazer horários de trabalho mais curtos para as pessoas com estas características”, sugere Filipe Coelho.

Os próximos passos na investigação vão passar por analisar relação entre as horas de trabalho e o bem-estar por país. “O estudo que fizemos referiu-se à globalidade de países e a ideia agora seria ver até que ponto é que há diferenças” entre nações.

Outra possibilidade é investigar como é que as horas de trabalho influenciam o bem-estar das pessoas em diferentes ocupações.

Publicado por Ciência Hoje

Read More


Fourteen

by Morgan Rae Glazier

During a Sunday drive,
our mother stopped our white Dodge Spirit
at the base of the Harrisville hills.
She snatched a chisel and hammer,
from the Spirit’s storage,
and said, wait here girls.
For thirty minutes,
my sister and I
stared out the car window,
our mother carving her and her boyfriend’s
initials into a heart-shaped stump
on the side
of US-23 South. 
This was the closest my mother
would come to prayer
###
Morgan Rae Glazier has a Bachelor of Science from Central Michigan University, and is currently pursuing an M.A. in Student Affairs. She writes poetry and non-fiction, and is quite fond of laughing out loud as often as possible.



Extraído de Everyday Poems
Read More

Monday, May 28, 2012


Du iu spique ingliche? / Outras Notícias / Detalhe de Notícia

27-5-2012
Du iu spique ingliche?

O título parece uma piada, mas não é. Ilustra o fraco conhecimento do inglês em Cabo Verde. Nos liceus, os alunos não recebem a melhor formação e no ensino superior, os professores têm de começar pelo básico do idioma para que os estudantes consigam algum aproveitamento. Para um arquipélago que se quer abrir ao mundo, a falta de comunicação numa língua cada vez mais universal poderá representar um forte revés no desenvolvimento.
O ensino do inglês no ensino superior é muito complicado. Há desde alunos com seis anos de formação, alunos com dois anos de formação e alunos com nenhuma formação. Em turmas muito grandes, isso faz com que todos os estudantes tenham um diferente nível de inglês e dificulta o seu ensino.
"Acabamos por herdar os problemas que vêm do liceu e da sociedade em geral", sublinha Luís Rodrigues, coordenador do Centro de Línguas da Universidade de Santiago. "Porque em Cabo Verde há pouco acesso ao inglês. Os programas de televisão mais vistos são em português, principalmente as novelas brasileiras. A música que mais se ouve é em crioulo. Portanto, o contacto com o inglês é muito pouco, o que nos dificulta o trabalho".
O docente conta ao Expresso das Ilhas que fez recentemente um exercício muito simples, pediu aos alunos para narrarem a sua primeira aula de inglês e a maior parte deles disseram que estavam com medo.
"Tenho falado com diversas pessoas, que fizeram trabalhos sobre Cabo Verde, e segundo consta, o cabo-verdiano tem muito medo de falhar, de errar. Quando isso se aplica a uma língua estrangeira, esse receio aumenta. Ou seja, os alunos colocam a eles próprios muitos entraves na aprendizagem de uma língua estrangeira".
Neste caso, a estratégia passa por tentar mudar essa mentalidade, mudar a abordagem que os estudantes têm ao inglês, e opta-se por uma abordagem essencialmente comunicativa.
"Os alunos aprendem a escrever, a ler, mas acima de tudo aprendem a saber comunicar perante situações do dia a dia; contacto com turistas, simulações do real, para que os alunos percebam a importância de saber falar inglês. Não é tanto para poderem ir tirar um curso na América, não é esse inglês académico que ensinamos, mas sim para terem uma base que lhes permita comunicar e usar a língua no dia a dia".
Na Universidade de Santiago todos os alunos têm inglês durante os anos do curso, mas só no último semestre é que os alunos têm inglês mais virado para a sua área específica, seja Business English (inglês para negócios), seja Informática, ou Ciências Sociais, tudo porque os estudantes não têm bases que lhes permitam começar logo pelo inglês mais específico.
Alunos chegam
mal preparados às universidades
Sónia Oliveira, professora de inglês também na Universidade de Santiago, reitera que os docentes não podem ensinar o inglês que se espera no nível universitário. "Muitos dos alunos não tem conhecimentos e isso excluiria, logo à partida, metade dos alunos de cada turma. Vou dar um exemplo, no ano passado comecei com alguns exercícios orais sobre apresentações, ou seja, como se diz e pergunta o nome das pessoas, etc., e em nenhuma turma, os alunos conseguiram acertar, havia sempre um erro. Se os alunos não conseguem escrever correctamente essas frases mais simples, como podemos começar com matérias mais complexas?".
As queixas repetem-se na universidade pública cabo-verdiana. Alfred Moreno, coorde-nador de Línguas, Literaturas e Culturas - Estudos Ingleses, salienta que as dificuldades dos alunos no inglês são logo visíveis nas provas de acesso à universidade. "Nos últimos anos temos deparado com um grande problema que é o fraco nível com que os alunos chegam. Se considerarmos os resultados [nos testes de ingresso], vê-se logo que a maior fatia se enquadra entre 10 e 12. Poucos estão acima desse nível. E muitos estão num patamar abaixo, na negativa. Isto é um problema. A formação em inglês não é um espaço onde o aluno vem para aprender a língua, mas sim para ter uma formação específica. Contamos que os alunos venham do liceu com um nível de formação adequado. Mas a maioria não vem com essas capacidades".
As falhas no ensino secundário
O diagnóstico feito pelos docentes universitários é que o inglês não é ensinado no se-cundário da forma mais eficaz. Para Luís Rodrigues, da US, "o ensino do inglês, no liceu, sofre do mesmo mal de muitas disciplinas; formação dos professores e ausência de materiais. Sabemos que têm sido feitos esforços para mudar isso, com a criação do primeiro currículo e do primeiro manual, de facto, adaptados a Cabo Verde, mas já vem com atraso".
A professora Sónia Oliveira reforça que é um inglês muito pouco virado para uma comu-nicação eficaz e efectiva e mais virado para a correcção gramatical. No fundo, o professor coloca no quadro as regras de gramática e espera que o aluno, a partir daí, consiga falar inglês.
"Esta é uma perspectiva datada, antiga, que vem dessa pouca formação dos professores e essencialmente da falta de formação contínua. Como os professores não são obrigados a fazê-la não a fazem".
Luís Rodrigues reitera que têm tido vários contactos para dar formação aos professores, mas são os próprios liceus a dizer que não têm forma de garantir que os docentes par-ticipem.
"É impressionante que não haja essa vontade por parte dos professores, nem um mecanismo que garanta que eles lá estarão". Isto porque se em vários países os professores precisam de ter créditos de formação, ao longo da sua carreira, para poderem progredir, em Cabo Verde isso ainda não foi instituído.
Sónia Oliveira explica ainda que "o grande problema é a forma como se introduz a língua. Há erros que alunos trazem, que são perpetuados na escola, e por mais que nós digamos que não é assim, nos testes lá aparecem sempre os mesmos erros, que eles aprenderam há anos. A introdução na língua é fundamental, é isso que fica".
A falta de motivação dos alunos
Outro problema, apontam, é a motivação dos próprios alunos, que é considerada fundamental para o ensino, em particular de uma língua estrangeira. "Em casa, podem olhar para os apontamentos de biologia ou de história e estudá-los sozinho", explica Luís Rodrigues, "já o inglês, como qualquer língua, é mais difícil. Normalmente, para praticar é preciso outra pessoa, porque não posso chegar a casa, antes do teste, e estar ali a falar comigo próprio. A maior parte dos professores não ensina estratégias para que os alunos possam aprender sozinhos, ou seja, passa-se tudo dentro da sala de aula e isso torna tudo muito artificial".
Alfred Moreno, da UNI-CV, identifica o mesmo constrangimento. "Temos um trabalho de fundo a fazer com os alunos, porque eles não têm cultura de leitura. É pelos trabalhos que marcamos que impomos a leitura que o aluno deve fazer. Mas, se não fizermos assim, deparamos com alunos que têm sempre um pé atrás no acesso às obras".
Um dos instrumentos, considerado fundamental, para aumentar a autonomia dos alunos será o futuro laboratório de línguas da UNI-CV que deve entrar em funcionamento no próximo ano lectivo. "Os nossos professores dizem que sem ele o curso fica coxo. O laboratório de língua irá ajudar o aluno a ultrapassar certas barreiras em relação à língua, porque faz com que trabalhe a pronuncia e aprenda novas palavras. Sem esse laboratório, o aluno resume-se ao que recebe na sala de aula, dos professores. No laboratório, o aluno tem de aprender a trabalhar sozinho. Isso é fundamental, porque nós trabalhamos com os alunos dentro da sala de aula e depois disso o aluno não tem essa prática da autonomia".
A informação
que se perde
Como consequência destas limitações, há todo um manancial de informação e de formação do qual os alunos cabo-verdianos ficam afastados. "As pessoas vão à Internet e não sentem necessidade de ir aos sites em inglês", diz Luís Rodrigues. "Muitas vezes, o mundo que os nossos alunos conhecem é o mundo que eles vêem.
Ao ensinar inglês tentamos também mostrar esse outro mundo, a realidade britânica, a realidade americana, mas os nossos alunos não estão tão interessados".
"Há pouca vontade, por parte dos professores e das autoridades, para abrir os horizontes e o inglês é fundamental nisso, não só por causa da língua mas de toda uma cultura que se aprende. Quando se fala no acesso à Internet, sabemos que cerca de 50 por cento dos conteúdos estão em inglês, portanto quem não domina o inglês perde acesso a metade de todo o conhecimento que existe no mundo virtual e não haver essa preocupação, para mim, é muito estranho".
A título de exemplo, as maiores universidades norte-americanas, incluindo as mais tra-dicionalistas como Harvard e o MIT, estão a investir mais de 60 milhões de dólares para oferecerem cursos online, sem custos para os participantes. Aquele que já é conhecido como ‘Campus Tsunami', nas palavras de David Brooks, no New York Times, vai proporcionar aulas pela Internet, com os melhores professores de cada instituição, que no final darão direito a um certificado, em vez de um diploma.
Todo este conhecimento, gratuito, ficará longe dos estudantes cabo-verdianos. "É um desperdício", salienta Alfred Moreno, da UNI-CV, "porque a língua é, de facto, uma barreira".
Da mesma forma, o acesso a obras literárias e científicas está vedado aos alunos cabo-verdianos. Os docentes nem sequer tentam dar livros em inglês aos estudantes. "Era dar um tiro no pé", afirma Sónia Oliveira, "os nossos alunos não têm ginástica suficiente para chegar lá".
"Além que não temos essas obras literárias em Cabo Verde", completa Luís Rodrigues,"seria possível, mas não é a nossa prioridade. Até porque é um material muito dispendioso. Vamos agora abrir um curso de Português/Inglês e aí sim, já haverá introdução aos estudos literários e culturais, literatura de expressão inglesa, literatura africana de expressão inglesa. Mas serão alunos com um perfil, que se espera, mais elevado".
Sem esse acesso a manuais em língua inglesa, sobram ad bibliografias em espanhol ou em português. Os professores não passam bibliografia em inglês porque os próprios docentes não têm conhecimentos suficientes que lhes permita usar livros ingleses. "Isso é um empecilho para todo o ensino universitário em Cabo Verde. Há muita informação que fica de fora", sustenta Luís Rodrigues.
O futuro do ensino
do inglês
O futuro passará por ir ter com os professores e dar-lhes formação. Quanto aos alunos, para já a abordagem continuará, ou seja, usar o inglês como um auxílio à comunicação. A médio prazo, tem de pensar-se na forma de abrir Cabo Verde ao mundo através do conhecimento do inglês.
"Acredito que há esse esforço para ir nessa direcção", adianta Alfred Moreno. "A política da língua em Cabo Verde é aberta. Há dinâmica entre o país e a cooperação francesa, entre o país e a cooperação norte-americana. Temos apoios em termos peda-gógicos, para as universidades e os liceus, ou seja, há forma de dar esse salto na língua. Porque sabemos que é fundamental usar o inglês para a comunicação internacional.
Queremos atingir esse patamar em que os profissionais cabo-verdianos possam ir a workshops ou as conferências internacionais sem precisarem de usar o serviço de tradução. Por outras palavras, que tenham uma interacção directa de ouvir e falar em inglês, esse é o nosso objectivo. E acredito que possamos alcançar esse patamar", conclui o docente.

27-5-2012, 13:33:13
Jorge Montezinho, Redacção Praia

Publicado por Expresso das Ilhas
Read More

Wednesday, May 23, 2012

Monday, May 21, 2012

Echoes of Love

the spring garden                                                                        
passionate love poem                                                                
softly echoes                                                                              
my longing for you                                                                    
but now emptiness                                                                       
butterfly                                                                                      
the garden bench                                                                        
Monarch                                                                                      
floating softly to my arm                                                            
tender as your soft touch                                                             
southern grass                                                                            
soft morning fog                                                                          
lightly moves                                                                              
as your fresh body                                                                        
at the movie last night                                                                   
white dove                                                                                    
lands a few feet away                                                                  
picnic basket                                                                                
sudden echoes in a lost past                                                                    
with marriage vows to last
Read More

Saturday, May 12, 2012

Vaticano e Oxford digitalizam 1,5 milhões de páginas

Terça-feira, Abril 17, 2012
Publicado por Paulo Barreiro de Sousa

Algum do espólio das Bibliotecas do Vaticano e de Oxford vai estar disponível online gratuitamente. Foi anunciada uma iniciativa de digitalização de 1,5 milhões de páginas.

O projeto não é original, uma vez que várias outras bibliotecas já o fizeram anteriormente. Desta vez, são duas das bibliotecas mais antigas da Europa a anunciar a intenção de disponibilizar conteúdo online gratuitamente, noticia o Ars Technica. A iniciativa vai custar algo como três milhões de euros, da Fundação Polonsky, e deve demorar quatro anos até estar concluída.

Os trabalhos originais de Homero e Hipócrates e uma Bíblia do ano 1100 são alguns dos trabalhos que vão poder ser consultados pela Internet.
Fonte: Exame Informática

Extraído de A Informação

Read More

E-Book Borrowing, Preceded by E-Book Waiting

By ALAN FINDER
Published: April 11, 2012

As a technical matter, it’s remarkably easy to borrow an e-book from your local library. But not if you want to take out the best-selling biography of Steven P. Jobs, the hero of the Internet age who helped lure tens of millions of people to personal computers, tablets and other digital devices.

The publisher of the Jobs biography, Simon & Schuster, does not sell digital books to libraries. Five of the six major publishers of trade books either refuse to make new e-books available to libraries or have pulled back significantly over the last year on how easily or how often those books can be circulated. And complaints are rampant about lengthy waiting lists for best sellers and other popular e-books from the publishers that are willing to sell to libraries.

Want to borrow “The Help,” the novel by Kathryn Stockett? On New Jersey’s state e-book consortium, 375 people were waiting for a copy recently. At the New York Public Library’s Web site, 193 members had put a hold on a digital edition of Stieg Larsson’s trilogy, which begins with “The Girl With the Dragon Tattoo.”

How about the immensely popular novel “Fifty Shades of Grey” by E. L. James? Thirty-three people were waiting for the e-book on the Seattle Public Library’s site.

“We hear a lot of frustration,” said Christopher Platt, the director of collections and circulation operations at the New York Public Library. “It’s rational. We don’t expect our readers to understand the complexities of the publishing industry.”

These complexities may only increase with the announcement on Wednesday that the Justice Department had filed a civil antitrust action against major book publishers and Apple, accusing the companies of colluding in 2010 to raise the prices of e-books. In the meantime, though, if you can find the e-book you want in the library, it’s easy to check it out. You can browse a library’s digital holdings from the comfort of your living room at any time. You don’t have to go to the library to borrow a book, and even better, you don’t have to go there to return it. Books vanish from your device when they are due. And you can get access to a library’s e-books from myriad devices, including e-readers, tablets and smartphones.

You do have to learn one of the two basic systems. One is for Amazon’s Kindle, which works directly through Amazon.com and is the easier of the two. The other requires you to download software from the Adobe Web site, and works for other e-readers. Some people find the software unwieldy, as well as difficult to download initially, librarians say. But it is manageable.

It is possible to download e-books from a library directly to some e-readers via Wi-Fi. For others, digital books must first be downloaded to a computer and then to an e-reader via a USB cable.

Here are some guidelines on how to borrow books for the most popular devices: Amazon’s Kindle, which was made available for library books last September; Barnes & Noble’s Nook; the Sony and Kobo e-readers; and tablets, laptops, PCs and smartphones.

AMAZON KINDLE If you don’t already have an Amazon account, you must create one on the Web site. Then go to your library’s Web site and find the e-book listings. When you select an e-book to borrow, choose the Kindle format of the book. Click to check out. Select “get for Kindle,” which will redirect you to the public library loan page on Amazon.com. From the “deliver to” menu, select “your Kindle.” Choose “get library book,” and it will be sent via Wi-Fi to your e-reader. (Caution: Some publishers require that certain e-books be transferred with a cable from a PC to a Kindle, even if Wi-Fi is available.)

NOOK, SONY AND KOBO On a Web browser, search for Adobe Digital Editions on Adobe’s Web site. Once on the site, click on the “download now” link to get the software that works with these readers. Click “launch” to begin the installation; when you see the setup assistant, click “continue.”

Click on the link for an Adobe ID online. A new browser will open; click on “create an Adobe account” and fill in the required information. Once your account is created, close the browser and return to Adobe Digital Editions. Enter your new Adobe ID and password and click to activate the software.

A new screen will appear for Adobe Digital Editions. Connect your Nook or other e-reader to your computer via USB cable. A screen will say “device setup assistant.” Click “authorize device.” A message will confirm the device has been authorized. Click “finished.”

You are now ready to go to the e-books section of your library’s Web site. You must select the EPUB format of a book, which uses the Adobe software; a cable is required to transfer an e-book from your computer to your e-reader.

IPAD Apple’s iPads and many other tablets and smartphones have apps for both the Kindle’s e-book software and for the Adobe Digital Editions software used by the Nook.

The vast majority of libraries use a software system called Overdrive to host their e-book collections. Browsing on most of these sites is similar to shopping on an online retailer’s site, and checking out a library’s e-book is also similar. Remember to select the appropriate format — Kindle or EPUB for Adobe Digital Editions — before adding a book to your cart.

Libraries are permitted to lend each digital book only one at a time, under licensing agreements, which is a prime reason for the long waiting lists on highly popular e-books.

The relative ease with which digitized books can be borrowed has left many publishers fearful of declining sales and the potential for piracy. Macmillan and Hachette, as well as Simon & Schuster, refuse to sell e-books to libraries.

Last year, the Penguin Book Group said it would no longer make new e-books available, and HarperCollins set new restrictions, saying its e-books may be checked out from libraries only 26 times, after which they expire.

While the publishers may be wary, consumers have taken to e-readers and tablets with astonishing enthusiasm.

Three years ago, 2 percent of American adults owned an e-reader, according to the Pew Internet and American Life Project, and only a few had a tablet. By January, in the latest Pew survey, 28 percent of adults said they owned an e-reader or a tablet, or both.

Libraries have been scrambling to catch up. Many have significantly expanded their budgets for e-books, buying from independent publishers and smaller houses.

Circulation has taken off. In Seattle, 512,000 e-books were borrowed last year, compared with 213,000 in 2010. The Seattle Public Library now has about 100,000 digitized books, although that is only a small fraction of its 2.3 million print holdings. In December and January, e-book circulation in the Chicago Public Library increased by 230 percent over the same months a year earlier.

Growth has been equally rapid at the New York Public Library, which has about 88,000 digitized books and audio books, nearly double the amount from a year ago, Mr. Platt said. In the 12 months ending in February, members borrowed more than 646,000 e-books, more than double the number in the previous year.

Many libraries offer classes to teach people how to use e-readers and how to set up the software to borrow digital books. Libraries in Rockford, Ill., and in Ridgewood, N.J., among others, are beginning to lend e-readers to members.

Still, libraries are straining to respond to the vast surge in demand despite publishers’ restrictions and their own stretched acquisition budgets. “They know they’re in this highly volatile time,” Molly Raphael, the president of the American Library Association, said of the local libraries. “Publishers are trying to figure things out and libraries are trying to figure things out.”

Extraído de NYTIMES.

Read More

Arquivos de Michel Foucault com destino incerto

Daniel Defert, herdeiro e executor literário de Michel Foucault (1926-1984), um dos mais influentes pensadores da segunda metade do século XX, decidiu vender o arquivo pessoal do autor de As Palavras e as Coisas. Não tendo conseguido chegar a acordo com o Governo francês para a aquisição do espólio, que inclui 37 mil documentos e abarca um período de quatro décadas, Defert, que tem hoje 75 anos e sofre de problemas cardíacos, solicitou permissão para vender os papéis para o estrangeiro. O Ministério da Cultura francês negou o pedido, argumentando que se trata de documentação fundamental "para a compreensão e estudo da obra de Michel Foucalt" e, em meados de Abril, classificou o arquivo como "tesouro nacional".
Defert, companheiro de Foucault desde meados da década de 1960 até à morte do filósofo, em 1984 - o autor de História da Sexualidade foi das primeiras figuras públicas a morrerem de SIDA -, terá agora de aguardar que o Estado lhe faça uma oferta. De acordo com a lei francesa relativa aos "tesouros nacionais", que foi amplamente revista em 2010, o Estado dispõe agora de 30 meses para propor um preço ao proprietário. Se Defert não o aceitar, ambas as partes nomearão um especialista para avaliar o arquivo e, se estes não chegarem a acordo, será nomeado um avalista independente. Se o Estado não cobrir o preço estipulado, os papéis de Foucault poderão ser exportados. Defert sempre disse que preferia que estes ficassem em França, mas também deixou claro que não teria relutância em os deixar ir para os Estados Unidos, onde a obra de Foucault não tem sido menos estudada do que em França. A Universidade da Califórnia, em Berkeley, e as universidades de Yale e de Chicago - todas elas dispõem de um centro de investigação dedicado ao filósofo - já se mostraram interessadas na aquisição.
Há também a possibilidade de que Defert venha a recusar o montante que resultar da avaliação e, nesse caso, o processo volta à estaca zero e o Estado pode novamente recusar a exportação dos documentos, ficando a sua eventual venda restrita ao território francês. Para já, ninguém arrisca um número, mas Pierre Assouline, romancista, jornalista e antigo director da revista Lire, garante, num artigo recente, que o arquivo de Foucault atingirá seguramente um valor mais alto do que o do manuscrito das Memórias de Casanova, que um mecenas anónimo comprou em 2010 por 7 milhões de euros, oferecendo-o depois à Biblioteca Nacional de França (BNF).
A polémica em torno dos papéis de Foucault tem um precedente recente. Em 2009, o Ministério da Cultura francês impediu a venda para uma universidade americana do arquivo do escritor e cineasta francês Guy Debord (1931-1994), autor de A Sociedade do Espectáculo<(i>. Também ele classificado como "tesouro nacional", o espólio do fundador da Internacional Situacionista foi adquirido pela BNF, com o recurso ao mecenato, por mais de dois milhões de euros.
Dois candidatos
Bruno Racine, director da BNF, já fez saber que a BNF gostaria de adquirir os documentos de Foucault, e que o próximo jantar anual de mecenato da instituição, no dia 11 de Junho, será dedicado a angariar dinheiro para esse objectivo. A BNF possui já alguns manuscritos importantes do autor, doados por Defert: duas versões da História da Sexualidade e uma primeira versão de A Arqueologia do Saber. E Racine lembra que "se há autor que tenha lugar na BNF, ele é certamente Michel Foucault". O filósofo, diz, "passava os dias" na BNF "a preencher essas mesmas fichas de leitura que agora integram o seu arquivo", e chegou mesmo a conceber a possibilidade de se tornar director da BNF.
Não é por acaso que Racine se esforça por demonstrar a pertinência da incorporação deste fundo documental na instituição que dirige. É que a BNF sabe que, caso o espólio venha a ser adquirido pelo Estado, terá de competir com outro candidato: o Instituto Memória da Edição Contemporânea (IMEC), que é o mais importante centro de investigações sobre a obra de Foucault e possui um importante fundo de documentos, livros e arquivos sonoros relacionados com o autor, além de organizar colóquios, promover exposições e organizar edições.Em 1986, dois anos após a morte de Foucault, um grupo de amigos, que incluía Daniel Defert, criou a Associação para o Centro Michel Foucault com o objectivo de reunir, estudar e divulgar a obra do filósofo. Compilaram todas as entrevistas que Foucaut dera em França e no estrangeiro, recolheram as gravações sonoras das suas muitas conferências e juntaram uma vasta colecção dos seus ensaios e artigos. Sediado na Biblioteca Saulchoir, em Paris, onde o filósofo trabalhou durante os seus últimos anos de vida, o Centro Michel Foucault foi, até 1998, o lugar ao qual se dirigiam todos os investigadores que trabalhavam na obra do filósofo. A ele se deve ainda a edição póstuma, em quatro volumes, de Dits et Écrits(1994), que inclui boa parte dos documentos que o grupo conseguiu reunir.
Com o acordo da Biblioteca Saulchoir, todo este acervo transitou, em 1998, para o IMEC, que oferecia melhores condições para alojar a colecção e receber os investigadores. Nessa ocasião, Daniel Defert doou ao IMEC um significativo conjunto de materiais, designadamente relativos ao Grupo de Informações sobre as Prisões, que Foucault e outros intelectuais franceses criaram no início dos anos 70 e que exigia que o sistema prisional desse liberdade de expressão aos detidos e permitisse o acesso da imprensa às prisões.
Se o arquivo de Foucault vier a ser disputado pela BNF e o IMEC, não é de excluir que Defert prefira ver os papéis do filósofo no segundo, mas o Estado dificilmente avançará sozinho para a compra, e a BNF, como as recentes compras do espólio de Debord e do manuscrito de Casanova ilustram, pode revelar-se bastante eficaz na angariação de mecenato.

Extraído do Jornal Público a 11 de Maio de 2011

Read More

Friday, May 11, 2012

Relâmpago

Rasguei-me como um raio rasga o céu
Iluminei-me todo de repente
Negrura permanente
De noite enfeitiçada
Quis ver-me com pupilas de vidente
E arrombei os portões à madrugada
Mas nada vi
Caverna de pavores
Só com tempo e vagar eu poderia encarar
Castigar e perdoar
Tanta abominação que em mim havia

Miguel Torga, “Relâmpago” em Orfeu Rebelde

Read More

Friday, March 16, 2012

Thursday, February 23, 2012

A Snow Day Hue by Lori Lipsky

A Snow Day Hue by Lori Lipsky

Posted: 16 Feb 2012 08:41 PM PST

 

 

A Snow Day Hue

by Lori Lipsky

Solitude arrived today
on the color white.
It blew in
at a diagonal
with swirls of wind
and achieved its blanket result
before early night covered the gray.

---

Lori Lipsky lives in Waunakee, WI with her husband and their daughter. She blogs at Visits and Verse: http://visitsandverse.com/ and Twitters @LoriSLipsky.  Her poetry has recently appeared or is forthcoming in Penwood Review, Pegasus Review, Red Poppy Review, Bolts of Silk and a Handful of Stones.


Read More

Call for Papers - A Symphony of Flavours: Music & Food in Concert

O Professor Edmund Murray visitou a DCSH-SV no dia 23 de Fevereiro, onde apresentou o projeto "A Sympphony of Flavours: Music & Food In Concert", cujo call for papers apresento em baixo.








Quinta, 08 Dezembro 2011 16:09
Atenção, abrirá numa nova janela. pianofood
A Symphony of Flavours: Music & Food in Concert
Friday 13th, Saturday 14th July 2012
University of Cape Verde
Praia, Ilha de Santiago, Cape Verde
In conjunction with the "Cape Verdean Music and Food Festival
 
superb … delightful … divine … juicy … delicious … mouth-watering … yummy … lip-smacking … luscious … succulent … tasty … pleasant … fine … dull … mediocre… bland … flat … monotonous … insipid … unsavoury … nasty … horrible … shocking … repulsive …
From superb to repulsive, from divine to shocking, music and food arise our finest sensitivities as well as our basic survival instincts. Sound and taste conjugate a special relationship, and they are often presented and represented together. The linkage between music and food has been a traditional field for artists to express, among various emotions, love and sexual desire, as well as environmental, urban, ethnic and class values (let alone plain hunger). Present-day tourist guides, city handbooks and holidays cookbooks are just a few examples of hundreds, perhaps thousands, of representations based on both music and food in multiple languages and cultures.
From Heinrich Biber’s “Mensa Sonora” (1680) to Gioachino Rossini’s “Quatre hors d’œuvres” (1868), all the way to Compay Segundo’s “Chicharrones” (1977) and “All You Can Eat” by the Fat Boys hip-hop trio (1985), countless pieces and songs about food, cooking and eating have been written and published around the world. They speak about food preparation, ingredients, eating and its effects in the individual and social groups. Some cultures are more likely to sing and dance about food while others can hardly conceive the act of eating without music. Furthermore, a relationship can be established between spaces and periods where and when food is insufficient, and music that is created to be “eaten”.
This multidisciplinary conference attempts to identify the interconnectedness of music and food and their meaningful relations. With a multicultural approach, papers are invited from scholars, researchers and students focusing on any world culture and historical period. We invite abstracts for oral or poster presentations related to music-food links from academic fields such as history, literature, music theory, philosophy, religion studies, anthropology, sociology, linguistics, media and communications, migration studies, business studies, geography, psychology, gender studies, art history and cultural studies. Practitioners from varied professional backgrounds are also welcomed. Artistic performances supporting papers are invited in music, dance, theatre and the visual arts. The conference committee welcomes abstracts for oral or poster presentations for the following themes:
1. Music to eat
- Meaning and reference in food song lyrics
- Cultural production of food music
- Cuisine poetry and musical fiction
- Musical behaviours related to food production and consumption
2. Food to listen to
- Eating with music
- Cooking melodies, harmonies and rhythms
- Recipes that sing and dance
- Musical representations of hunger and famine
3. Harmonious settings
- Music in dining rooms, restaurants and kitchens
- The musical environment of food
- Concerts and junk food
- Food film music
4. Musical business and food politics
- Use of music in food product advertising and promotion
- Food and music in political discourse
- Trading music for food
5. The folklore of music in food
- Musical rituals of the edibles
- Music associated to agriculture and food production
- Rhythmical cooking, melodic consumption, harmonic digestion
Proposals on other relations between food and music are encouraged. Abstracts proposals for oral or poster presentations are to be submitted to the email below. Proposals for pre-organised panels are also welcomed. The conference languages are English, French, Portuguese and Spanish. The language of the submitted abstract is the language of the presentation. A selection of the papers presented in this conference will be considered for the publication of a multi-author book in late 2015.
Deadlines
- Abstract to be submitted: 28 February 2012
- Acceptance confirmation: 30 March 2012
Organising Committee
Maria de Fátima Fernandes, Edmundo Murray, Lúcia Cardoso - University of Cape Verde

From UNICV, 23/2/12
Read More